sábado, 22 de maio de 2010

O Velho Chico "Rio São Francisco"

A nascente do rio São Francisco fica localizada na Serra da Canastra, bem próximo a "RPPN Nascentes do Rio São Francisco" e é em homenagem a esse importantissimo rio que nomeamos a RPPN.



Um rio que une climas e regiões diferentes



Rio da integração nacional, o São Francisco, descoberto em 1502, tem esse título por ser o caminho de ligação do Sudeste e do Centro-Oeste com o Nordeste. Desde as suas nascentes, na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até sua foz, na divisa de Sergipe e Alagoas, ele percorre 2.700 km. Ao longo desse percurso, que banha cinco Estados, o rio se divide em quatro trechos: o Alto São Francisco, que vai de suas cabeceiras até Pirapora, em Minas Gerais; o Médio, de Pirapora, onde começa o trecho navegável, até Remanso, na Bahia; o Submédio, de Remanso até Paulo Afonso, também na Bahia; e o Baixo, de Paulo Afonso até a foz.

O rio São Francisco recebe água de 168 afluentes, dos quais 99 são perenes, 90 estão na sua margem direita e 78 na esquerda. A produção de água de sua Bacia concentra-se nos cerrados do Brasil Central e em Minas Gerais e a grande variação do porte dos seus afluentes é consequência das diferenças climáticas entre as regiões drenadas. O Velho Chico – como carinhosamente o rio também é chamado – banha os Estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Sua Bacia hidrográafica também envolve parte do Estado de Goiás e o Distrito Federal.

Os índices pluviais da Bacia do São Francisco variam entre sua nascente e sua foz. A poluviometria média vai de 1.900 milímetros na área da Serra da Canastra a 350 milímetros no semi-árido nordestino. Por sua vez, os índices relativos à evaporação mudam inversamente e crescem de acordo com a distância das nascentes: vão de 500 milímetros anuais, na cabeceira, a 2.200 milímetros anuais em Petrolina (PE).

Embora o maior volume de água do rio seja ofertado pelos cerrados do Brasil Central e pelo Estado de Minas Gerais, é a represa de Sobradinho que garante a regularidade de vazão do São Francisco, mesmo durante a estação seca, de maio a outubro. Essa barragem, que é citada como o pulmão do rio, foi planejada para garantir o fluxo de água regular e contínuo à geração de energia elétrica da cascata de usinas operadas pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) – Paulo Afonso, Itaparica, Moxotó, Xingó e Sobradinho. É é assim que ela opera.

Depois de movimentarem os gigantescos geradores daquelas cinco hidrelétricas, as águas do São Francisco correm para o mar. Atualmente, 95% do volume médio liberado pela barragem de Sobradinho – 1.850 metros cúbicos por segundo – são despejados na foz e apenas 5% são consumidos no Vale. Nos anos chuvosos, a vazão de Sobradinho chega a ultrapassar 15 mil metros cúbicos por segundo, e todo esse excedente também vai para o mar.

A irrigação no Vale do São Francisco, especialmente no semi-árido, é uma atividade social e econômica dinâmica, geradora de emprego e renda na região e de divisas para o País – suas frutas são exportadas para os EUA e Europa. A área irrigada poderá ser expandida para até 800 mil hectares, nos próximos anos, o que será possível pela participação crescente da iniciativa privada.

O Programa de Revitalização do São Francisco, cujas ações já se iniciaram, contempla, no curto prazo, a melhoria da navegação no rio, providência que permitirá a otimização do transporte de grãos (soja, algodão e milho, essencialmente) do Oeste da Bahia para o porto de Juazeiro (BA) e daí, por ferrovia, para os principais portos nordestinos.

Números do Rio:
Extensão: 2.700 quilômetros – desde a Serra da Canastra, no município mineiro de São Roque de Minas, onde nasce, até a sua foz, entre os estados de Sergipe e Alagoas.

Área da Bacia: 634 mil km2

Está dividido em quatro trechos:

- Alto São Francisco – das nascentes até a cidade de Pirapora (MG), com 100.076 km2, ou 16% da área da Bacia, e 702 km de extensão. Sua população é de 6,247 milhões de habitantes

- Médio São Francisco – de Pirapora (MG) até Remanso (BA) com 402.531 km2, ou 53% da área da Bacia, e 1.230 km de extensão. Sua população é de 3,232 milhões de habitantes

- Submédio São Francisco – de Remanso (BA) até Paulo Afonso (BA), com 110.446 km2, ou 17% da área da Bacia, e 440 km de extensão. Sua população é de 1,944 miulhões de habitantes

- Baixo São Francisco – de Paulo Afonso (BA) até a foz, entre Sergipe e Alagoas, com 25.523 km2, ou 4% da área da Bacia, e 214 km de extensão. Sua população é de 1,373 milhões de habitanbtes

O Rio S. Francisco banha 5 estados: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, mas sua Bacia alcança também Goiás e o Distrito Federal

A Bacia do rio abrange 504 de municípios, ou 9% do total de municípios do país. Desse total, 48,2% estão na Bahia, 36,8% em Minas Gerais, 10,9% em Pernambuco, 2,2% em Alagoas, 1,2% em Sergipe, 0,5% em Goiás e 0,2% no Distrito Federal

Cerca de 13 milhões de pessoas (Censo de 2000) habitam a área da Bacia do São Francisco

Consumo atual de água da Bacia do rio São Francisco: 91 m³/s

Vazão firme na foz (garantia de 100%): 1.850 m³/s

Vazão média na foz: 2.700 m3/s

Vazão disponibilizada para consumos variados: 360 m³/s

Vazão mínima fixada após Sobradinho: 1.300 m³/s
Vazão firme para a integração das bacias: 26 m³/s (1,4% de 1.850 m³/s)


Fonte: http://www.integracao.gov.br/saofrancisco/rio/index.asp





Árvores brasileiras riqueza incomparável


Em termos de árvores, o Brasil é o país mais diversificado do mundo. Para fazermos o levantamento de todas as espécies, temos de levar em conta as principais formações naturais, chamados biomas.
São eles: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica (Floresta Atlântica e Araucária), Amazônia (Floresta Amazônica), Costeiros (Restingas e Mangues), Pantanal, Campos Sulinos. Há também regiões de Transição de Biomas.

O bioma predominante na “RPPN Nascentes do Rio São Francisco” é o Cerrado com campos nativos, matas de galeria/ matas ciliares e uma diversificada vegetação onde é possível encontrar árvores como Pau d’óleo, Casaca, Pequi, Gabiroba.

Com a enorme variedade de árvores brasileiras, é difícil mencionar todas aqui. Trabalhos sérios e de longo prazo são desenvolvidos por muitos pesquisadores. É o caso do Instituto Plantarum, que sob coordenação de Harri Lorenzi, desenvolveu um trabalho de pesquisa sobre as árvores nativas brasileiras. O resultado desse trabalho, desenvolvido ao longo de 12 anos, está publicado nos livros "Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil", volumes I e II. São exemplares riquíssimos, com centenas de árvores catalogadas, contendo fotos e informações precisas sobre cada uma delas.

Essa é uma sugestão para quem queira conhecer melhor as árvores desse nosso Brasil, além de ser uma verdadeira "relíquia", pois muitas delas estão em extinção.
O plantio de árvores nativas de cada região é uma forma de atingirmos o objetivo desta ação de uma forma abrangente, pois estaremos contribuindo para a preservação das espécies de nossa flora e obviamente com a vida planetária.

A RPPN Nascentes do Rio São Francisco está fazendo sua parte, preservando e incrementando sua reserva com o plantio de diversas árvores nativas para recompor áreas degradadas, para isso iniciamos com um pequeno e modesto viveiro onde se produz diversas mudas, as quais são coletas de semente retiradas da própria reserva para serem cultivadas no viveiro e depois de mudas saudáveis serem inseridas novamente na reserva.

Como planta a mãe-natureza.

Uma nova floresta pode surgir espontaneamente em um local abandonado, sem nenhuma vegetação? A resposta é sim, desde que haja uma ou mais florestas por perto como fonte natural de sementes. Esse processo chama-se “sucessão secundária” e pode levar de 30 a 60 anos para se formar. No caso de não haverem florestas-vizinhas, demorará muito mais.

1) Nos primeiros dois ou três anos da vida de uma futura floresta, desenvolvem-se em sua área apenas as plantas colonizadoras em geral, herbáceas de pequeno porte e ciclo anual (chamadas plantas daninhas) que são uma espécie de “pêlo” que protege a terra. Logo em seguida surgem as plantas herbáceas perenes que já preparam o terreno para as espécies arbustivas;

2) Depois de quatro a seis anos, surge a vegetação de capoeira, típica da fase jovem ou inicial de uma mata. Aí entram as primeiras espécies de árvores pioneiras que são arbustos e algumas árvores de crescimento rápido e vigoroso;

3) Numa fase intermediária da mata aparecem as “secundárias”, árvores de bom crescimento com vida mais longa, formando as matas secundárias.

4) Só após o sombreamento da área é que surgirão as espécies de árvores  que crescem na floresta já madura. São árvores altas e frondosas, de crescimento lento, vida longa e madeira mais nobre.

Eventualmente podem ser encontradas plantas pioneiras e secundárias nas florestas. Elas estão lá para deixarem suas sementes no solo prontas para germinarem toda vez que houver um distúrbio nesse ambiente estável como incêndios, derrubadas de árvores, vendavais, etc. Que sabedoria!

Recomposição natural, uma mata densa em apenas 10 ou 15 anos

Quando árvores nativas são plantadas com o intuito de recompor uma área, acelera-se o processo de sucessão natural reduzindo o tempo necessário para a formação de uma mata densa. Espécies pioneiras, secundárias podem e devem ser plantadas todas juntas tomando-se apenas o cuidado de colocar as espécies clímax perto de duas ou mais pioneiras e secundárias pois elas crescerão rapidamente proporcionando a sombra necessária às de clímax.

O Cerrado um dos grandes biomas brasileiros


A região dos cerrados ocupa 25% da superfície do Brasil. Sua vegetação apresenta arbustos e árvores com galhos tortuosos, caule com casca grossa. Apesar de parecer o contrário, não há falta de água no cerrado. O que limita o desenvolvimento vegetal é o solo, arenoso e com alta taxa de alumínio.

Árvores do Bioma Cerrado

É constituído pelo conjunto de formações vegetais de aspectos e fisionomia variáveis, principalmente de árvores baixas e retorcidas que se misturam a um exuberante estrato herbáceo rasteiro, apresentando entre sua flora: Arnica; Aroeira-vermelha; Benjoeiro; Buriti; Candeia; Canela-de-ema; Capitão; Capororoca; Caroba-de-flor-verde; Craibeira; Dedaleiro; Embiruçu; Fruta-de-ema; Guatambu; Imbiru; Ipê-branco-do-brejo; Lixeira; Louro-pardo; Marmeleiro-do-campo; ;Pêssego-do-mato; Pimenta-de-macaco; Piqui e Tingui.

Não basta plantar, é preciso cuidar...

Acompanhe a muda que você plantou por, pelo menos, dois anos! Verifique a necessidade de água, a saúde da planta, controle algum ataque de insetos, adube... A muda é como uma criança que necessita de apoio até que possa se desenvolver sozinha.

È importante sabermos um pouco sobre acontecimentos como; aquecimento Global, efeito estufa e outros para entendermos melhor a necessidade de preservação e o quanto é significativo e necessário o plantio de novas árvores.

Aquecimento Global

O aquecimento global é o aumento da temperatura terrestre em índices indesejáveis para o equilíbrio e saúde em escala global, ou seja, não só em uma zona específica, mas em todo o planeta. Ele afeta toda a forma de vida, nosso presente e o nosso futuro na Terra.

As conseqüências:

• aumento da intensidade dos furacões, surgimento de tornados;
• derretimento das geleiras;
• aumento do nível dos oceanos;

• inundações: previsão de 170 milhões de desabrigados;

• extinção de espécies: talvez metade das espécies do planeta sejam extintas;

• colapso da Amazônia ou savanização da floresta;

• mais secas: rios perenes devem desaparecer;

• falta de água: em 20 anos, 60% da população mundial sofrerá algum tipo de carência de água;

• mais chuvas pesadas, mais ventos, mais destruição;

• clima irregular, impossível prever estiagem;

• queda de 25% na produção agrícola, quebra das safras, redução na produção de leite e ovo;

• falta de alimentos, fome, previsão de um acréscimo de 200 a 600 milhões de pessoas famintas em todo o mundo.

Efeito estufa

O efeito estufa é o aquecimento da Terra, a elevação da temperatura terrestre em virtude da presença de certos gases na atmosfera. Esses gases (dióxido de carbono – CO2, CFC’s – por exemplo) permitem que a luz solar atinja a superfície terrestre, mas bloqueia e envia de volta parte da radiação infravermelha (calor) irradiada pela Terra.

Pesquisadores afirmam que o efeito estufa acontece em função do uso indiscriminado de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, carvão e outros) que formam uma camada de poluentes na atmosfera, de grande acúmulo e difícil dispersão. Outros fatores de desequilíbrio também contribuem para isso, como o desmatamento, as queimadas de matas e florestas.

Algumas atitudes já foram tomadas por órgãos e grupos políticos, porém se faz necessário a conscientização por parte de cada ser humano, pois com pequenos gestos podemos ajudar o mundo, pequenas e significativas atitudes como a criação de datas do dia da árvore ou dia da terra é até mesmo a criação de uma RPPN como está, são importantíssimas para a preservação de nossas matas e a sustentabilidade das gerações futuras.

Faça sua parte...

Fonte: www.ummilhaodearvores.org.br