sábado, 22 de maio de 2010

Árvores brasileiras riqueza incomparável


Em termos de árvores, o Brasil é o país mais diversificado do mundo. Para fazermos o levantamento de todas as espécies, temos de levar em conta as principais formações naturais, chamados biomas.
São eles: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica (Floresta Atlântica e Araucária), Amazônia (Floresta Amazônica), Costeiros (Restingas e Mangues), Pantanal, Campos Sulinos. Há também regiões de Transição de Biomas.

O bioma predominante na “RPPN Nascentes do Rio São Francisco” é o Cerrado com campos nativos, matas de galeria/ matas ciliares e uma diversificada vegetação onde é possível encontrar árvores como Pau d’óleo, Casaca, Pequi, Gabiroba.

Com a enorme variedade de árvores brasileiras, é difícil mencionar todas aqui. Trabalhos sérios e de longo prazo são desenvolvidos por muitos pesquisadores. É o caso do Instituto Plantarum, que sob coordenação de Harri Lorenzi, desenvolveu um trabalho de pesquisa sobre as árvores nativas brasileiras. O resultado desse trabalho, desenvolvido ao longo de 12 anos, está publicado nos livros "Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil", volumes I e II. São exemplares riquíssimos, com centenas de árvores catalogadas, contendo fotos e informações precisas sobre cada uma delas.

Essa é uma sugestão para quem queira conhecer melhor as árvores desse nosso Brasil, além de ser uma verdadeira "relíquia", pois muitas delas estão em extinção.
O plantio de árvores nativas de cada região é uma forma de atingirmos o objetivo desta ação de uma forma abrangente, pois estaremos contribuindo para a preservação das espécies de nossa flora e obviamente com a vida planetária.

A RPPN Nascentes do Rio São Francisco está fazendo sua parte, preservando e incrementando sua reserva com o plantio de diversas árvores nativas para recompor áreas degradadas, para isso iniciamos com um pequeno e modesto viveiro onde se produz diversas mudas, as quais são coletas de semente retiradas da própria reserva para serem cultivadas no viveiro e depois de mudas saudáveis serem inseridas novamente na reserva.

Como planta a mãe-natureza.

Uma nova floresta pode surgir espontaneamente em um local abandonado, sem nenhuma vegetação? A resposta é sim, desde que haja uma ou mais florestas por perto como fonte natural de sementes. Esse processo chama-se “sucessão secundária” e pode levar de 30 a 60 anos para se formar. No caso de não haverem florestas-vizinhas, demorará muito mais.

1) Nos primeiros dois ou três anos da vida de uma futura floresta, desenvolvem-se em sua área apenas as plantas colonizadoras em geral, herbáceas de pequeno porte e ciclo anual (chamadas plantas daninhas) que são uma espécie de “pêlo” que protege a terra. Logo em seguida surgem as plantas herbáceas perenes que já preparam o terreno para as espécies arbustivas;

2) Depois de quatro a seis anos, surge a vegetação de capoeira, típica da fase jovem ou inicial de uma mata. Aí entram as primeiras espécies de árvores pioneiras que são arbustos e algumas árvores de crescimento rápido e vigoroso;

3) Numa fase intermediária da mata aparecem as “secundárias”, árvores de bom crescimento com vida mais longa, formando as matas secundárias.

4) Só após o sombreamento da área é que surgirão as espécies de árvores  que crescem na floresta já madura. São árvores altas e frondosas, de crescimento lento, vida longa e madeira mais nobre.

Eventualmente podem ser encontradas plantas pioneiras e secundárias nas florestas. Elas estão lá para deixarem suas sementes no solo prontas para germinarem toda vez que houver um distúrbio nesse ambiente estável como incêndios, derrubadas de árvores, vendavais, etc. Que sabedoria!

Recomposição natural, uma mata densa em apenas 10 ou 15 anos

Quando árvores nativas são plantadas com o intuito de recompor uma área, acelera-se o processo de sucessão natural reduzindo o tempo necessário para a formação de uma mata densa. Espécies pioneiras, secundárias podem e devem ser plantadas todas juntas tomando-se apenas o cuidado de colocar as espécies clímax perto de duas ou mais pioneiras e secundárias pois elas crescerão rapidamente proporcionando a sombra necessária às de clímax.

O Cerrado um dos grandes biomas brasileiros


A região dos cerrados ocupa 25% da superfície do Brasil. Sua vegetação apresenta arbustos e árvores com galhos tortuosos, caule com casca grossa. Apesar de parecer o contrário, não há falta de água no cerrado. O que limita o desenvolvimento vegetal é o solo, arenoso e com alta taxa de alumínio.

Árvores do Bioma Cerrado

É constituído pelo conjunto de formações vegetais de aspectos e fisionomia variáveis, principalmente de árvores baixas e retorcidas que se misturam a um exuberante estrato herbáceo rasteiro, apresentando entre sua flora: Arnica; Aroeira-vermelha; Benjoeiro; Buriti; Candeia; Canela-de-ema; Capitão; Capororoca; Caroba-de-flor-verde; Craibeira; Dedaleiro; Embiruçu; Fruta-de-ema; Guatambu; Imbiru; Ipê-branco-do-brejo; Lixeira; Louro-pardo; Marmeleiro-do-campo; ;Pêssego-do-mato; Pimenta-de-macaco; Piqui e Tingui.

Não basta plantar, é preciso cuidar...

Acompanhe a muda que você plantou por, pelo menos, dois anos! Verifique a necessidade de água, a saúde da planta, controle algum ataque de insetos, adube... A muda é como uma criança que necessita de apoio até que possa se desenvolver sozinha.

È importante sabermos um pouco sobre acontecimentos como; aquecimento Global, efeito estufa e outros para entendermos melhor a necessidade de preservação e o quanto é significativo e necessário o plantio de novas árvores.

Aquecimento Global

O aquecimento global é o aumento da temperatura terrestre em índices indesejáveis para o equilíbrio e saúde em escala global, ou seja, não só em uma zona específica, mas em todo o planeta. Ele afeta toda a forma de vida, nosso presente e o nosso futuro na Terra.

As conseqüências:

• aumento da intensidade dos furacões, surgimento de tornados;
• derretimento das geleiras;
• aumento do nível dos oceanos;

• inundações: previsão de 170 milhões de desabrigados;

• extinção de espécies: talvez metade das espécies do planeta sejam extintas;

• colapso da Amazônia ou savanização da floresta;

• mais secas: rios perenes devem desaparecer;

• falta de água: em 20 anos, 60% da população mundial sofrerá algum tipo de carência de água;

• mais chuvas pesadas, mais ventos, mais destruição;

• clima irregular, impossível prever estiagem;

• queda de 25% na produção agrícola, quebra das safras, redução na produção de leite e ovo;

• falta de alimentos, fome, previsão de um acréscimo de 200 a 600 milhões de pessoas famintas em todo o mundo.

Efeito estufa

O efeito estufa é o aquecimento da Terra, a elevação da temperatura terrestre em virtude da presença de certos gases na atmosfera. Esses gases (dióxido de carbono – CO2, CFC’s – por exemplo) permitem que a luz solar atinja a superfície terrestre, mas bloqueia e envia de volta parte da radiação infravermelha (calor) irradiada pela Terra.

Pesquisadores afirmam que o efeito estufa acontece em função do uso indiscriminado de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, carvão e outros) que formam uma camada de poluentes na atmosfera, de grande acúmulo e difícil dispersão. Outros fatores de desequilíbrio também contribuem para isso, como o desmatamento, as queimadas de matas e florestas.

Algumas atitudes já foram tomadas por órgãos e grupos políticos, porém se faz necessário a conscientização por parte de cada ser humano, pois com pequenos gestos podemos ajudar o mundo, pequenas e significativas atitudes como a criação de datas do dia da árvore ou dia da terra é até mesmo a criação de uma RPPN como está, são importantíssimas para a preservação de nossas matas e a sustentabilidade das gerações futuras.

Faça sua parte...

Fonte: www.ummilhaodearvores.org.br

 






Um comentário:

Unknown disse...

Marketing para Unidades de Conservação da Natureza
Primeiras Linhas
Autor: Julis Orácio Felipe
Sinopse:
AS unidades de conservação da natureza são importantes espaços protegidos com a finalidade de resguardar atributos ambientais da exploração indiscriminada e contribuir para o desenvolvimento sustentável. Entretanto, para mantê-las é preciso a criação de mecanismos que as desmistifiquem para a sociedade em geral, que as entende como locais onde nada pode ser feito. Na realidade, se bem direcionadas, podem contribuir não somente para o desenvolvimento sustentável como também para o desenvolvimento social e econômico, principalmente da comunidade de entorno. Essa obra demonstra como pode ser feito sem corromper o sistema jurídico criado para as unidades de conservação, dando aos leitores noções sobre marketing voltado para essas instituições.

www.clubedosautores.com.br