quinta-feira, 18 de março de 2010

FLORA NA SERRA DA CANATRA



A Serra da Canastra apresenta uma rica e diverificada flora, que inclui campos, campos rupestres e florestas. O cerrado brasileiro é caracterizado por árvores de pequeno e médio porte, de cascas grossas e galhos retorcidos, bem adaptadas ao solo pobre e resistentes à seca e ao fogo.
São mais de 6 mil espécies vegetais na Serra da Canastra, porém, o cerrado ocupa uma parte inferior à dos campos e campos rupestres (ou de altitude, localizados em áreas com altitude superior a 900 metros).
Nesses campos, a ausência de vegetação de grande porte e os contrastes do relevo formam imensas vistas panorâmicas, onde a paisagem exibe, no detalhe, imensos canteiros de flores. Nas áreas mais baixas e úmidas, formam-se os capões (matas) de formas arredondadas, com exuberante vegetação atlântica.

Todo o chapadão da serra onde está o Parque Nacional alterna essas áreas de campos e campos rupestres, com variações intermediárias que os especialistas chamam de campo cerrado, campo sujo e campo limpo. Além disso, há pequenos trechos de floresta e cerrado típico. Em toda essa área, um grupo de especialistas da Universidade Federal de Uberlândia já conseguiu identificar 540 espécies de plantas em apenas 4 anos de pesquisas.
  
Abaixo podemos apreciar algumas espécies que a natureza presenteou a Canastra.


SEMPRE VIVAS DA CANASTRA

LÍRIOS DA CANASTRA

CANELA DE EMA DA CANASTRA

BROMÉLIAS DA CANASTRA



FLORES DO CERRADO NA CANASTRA




Está é uma pequena amostra da flora da Canastra!!!

CACHOEIRA CASCA D'ANTA

CACHOEIRA CASCA D'ANTA

A Cachoeira Casca d'Anta é a maior queda do rio São Francisco e se forma quando o Rio da Integração Nacional deixa o seu "berço" na serra da Canastra, em Minas Gerais.
Localizada em São José do Barreiro (MG), distrito que fica a 38 quilômetros de São Roque de Minas, é formada por 186 metros de queda d'água e está emoldurada em uma parede de rocha de cerda de 340 metros de altura.

A maior atração da Canastra pode ser visitada pelo alto da serra ou por baixo, em ambos os casos com acesso relativamente fácil por estradas de terra. Na parte alta, a 38 km de São Roque de Minas, há o cânion que o rio São Francisco forma para descer a serra, 14 km após a nascente. Tem uma incrível seqüência de cachoeiras e piscinas naturais, algumas inacessíveis. Há um mirante de onde é possível avistar parte da queda principal, a imensa piscina formada embaixo e o curso do rio até a primeira curva rumo ao Nordeste. O desnível superior a 300 metros proporciona uma das mais lindas vistas panorâmicas da região. O local está todo sinalizado pelo Ibama e é fácil pegar a trilha de 3 km para ir até a parte de baixo. São cerca de 4 horas de caminhada, em média, para ir e voltar. Para iniciar a caminhada, assim como contemplar parte do cânion e chegar ao mirante, é preciso atravessar um córrego que pode ficar perigoso em dias de chuva.
Para chegar de carro à parte de baixo, o visitante deve seguir de São Roque de Minas até a portaria 4 do Parque Nacional, passando pela cidade de Vargem Bonita e pelo povoado de São José do Barreiro (distrito de São Roque de Minas), num percurso total de 40 km. Para ter a aproximação máxima da cachoeira, é preciso deixar o carro no estacionamento e caminhar cerca de 15 minutos por uma trilha no meio da mata ciliar. Preferia fazer a visita, tanto na parte baixa quanto na alta, o mais cedo possível. Em feriados, os dois lugares ficam superlotados depois das 10h00.

A Cachoeira Casca D’Anta tem queda livre de 186 metros. O nome vem da árvore Casca D’Anta (Drimys winteri) que, por sua vez, foi assim batizada porque que tem propriedades medicinais, cicatrizantes. Segundo os pesquisadores, a anta se esfrega no tronco da árvore para curar ferimentos superficiais.


Fogo na Canastra



Fogo na Canastra


Em busca de informações sobre queimadas na serra da Canastra encontramos está excelente reportagem de auditoria da ONG VIATRIP'S, gostariamos de aproveitar o momento e parabeniza-los pelas grandes atitudes na Canastra.

Com a chegada da época da seca no cerrado, o fogo passa a ser um elemento presente na paisagem, trazendo ao mesmo tempo destruição e beleza. As Serras da Canastra e da Babilônia estão inseridas no bioma brasileiro Cerrado, e em razão disso, seguem as características aplicadas a esse bioma, que é o segundo maior do Brasil em área com aproximadamente 2.000.000 km2. Todos os anos a TV e os jornais noticiam que várias regiões do país sofrem com queimadas nas épocas secas do ano. Se prestarmos atenção, várias dessas áreas estão inseridas no bioma cerrado como a Serra da Canastra.
Já nas áreas de cerrado, a situação é muito peculiar. Devido às características de sua vegetação aberta nos campos, composta principalmente por gramíneas e árvores de pequeno porte e adaptadas à ação do fogo, os prejuízos são menores, mas não deixam de existir. Animais e plantas também morrem, o solo sofre um desgaste e torna-se cada vez mais empobrecido, há lançamento de enormes quantidades de CO2 na atmosfera, mas a facilidade de regeneração do ambiente é algo impressionante. O cerrado apresenta também algumas formações compostas por árvores de grande porte, concentradas em matas ciliares, matas de galeria e em pequenos capões, que se forem atingidos pelo fogo podem sofrer grandes prejuízos à sua biodiversidade.
Dentro da dinâmica do cerrado, o elemento fogo se apresenta como um modificador da paisagem, sendo causado pelo homem ou pela natureza. O homem utiliza o fogo no cerrado principalmente para renovar pastos e abrir áreas para o plantio (vide expansão das fronteiras agrícolas causadas pelo plantio de soja em áreas do Mato Grosso por exemplo). Essa prática deve ser feita sob autorização e fiscalização dos órgãos ambientais para que sejam realizadas nas épocas certas e se tomando as medidas de prevenção necessárias. Pela natureza, o fogo é causado basicamente por raios que caem sobre a vegetação seca, como já presenciamos aqui na Serra da Canastra. Mesmo em dias secos, podem ocorrer descargas elétricas que ao atingirem o solo seco provocam queimadas que, facilitadas pelo vento e pelo relevo acidentado, se espalham com facilidade podendo atingir grandes proporções.
Após a rebrota do capim, os campos se enchem de flores das mais variadas espécies, tamanhos e cores. A impressão é a de se caminhar sobre um infinito jardim. Tudo isso ocorre em um período de aproximadamente um mês após a passagem do fogo, e essa recuperação surpreendente da natureza mostra que o cerrado, apesar de parecer uma vegetação pobre, de aspecto "duro", é muito delicado ao apresentar a beleza de suas cores após a passagem do fogo.
Ainda há muita discussão sobre os efeitos do fogo sobre os campos do cerrado: seria ele um elemento benéfico por trazer renovação ou seria maléfico por degradar o solo? Essa discussão não parece ter um fim próximo e aquece os ânimos de ambientalistas e de produtores rurais. Mas em uma coisa todos concordam: o fogo ao atingir áreas de matas é extremamente prejudicial pois reduz a cobertura vegetal comprometendo a proteção das nascentes de água. Portanto, muito cuidado com cigarros acesos e não acenda fogueiras em áreas de campo aberto, principalmente nas épocas mais secas do ano. O fogo causado por uma brasa de cigarro acesa em um campo pode atingir áreas de matas, comprometendo de forma definitiva sua integridade, afetando a proteção de nascentes e dificultando sua expansão.







sexta-feira, 12 de março de 2010

Aves do Cerrado, grandes surpresas e riquesas da natureza...

Filhotes de beija flor...

  Certa tarde caminhando pelas trilhas da RPPN, fomos surpreendidos por este belo ninho de beija flores com dois pequeninos filhotes..
   Os beija-flores são aves de pequeno porte, que medem em média 6 a 12 cm de comprimento e pesam 2 a 6 gramas. O bico é normalmente longo, mas o formato preciso varia bastante com a espécie e está adaptado ao formato da flor que constitui a base da alimentação de cada tipo de beija-flor. Uma característica comum é a língua bifurcada e extensível, usada para extrair o néctar das flores.
  O esqueleto e constituição muscular dos beija-flores estão adaptados de forma a permitir um vôo rápido e extremamente ágil. São as únicas aves capazes de voar em marcha-ré e de permanecer imóveis no ar. O batimento das asas é muito rápido e as espécies menores podem bater as asas 70 a 80 vezes por segundo. Em contraste, as patas dos beija-flores são pequenas demais para a ave caminhar sobre o solo. As fêmeas são em geral maiores que os machos, mas apresentam coloração menos intensa.Vivem em média 12 anos e seu tempo de incubação é de 13 a 15 dias.


         
           Outra grande surpresa foi encontrar o ninho destes dois pequenos filhote de espécie não indentificada, os quais aguardavam famitos a chegada do alimento que era buscado pela mãe.






Os falcões e gaviões são aves fáceis de serem vistas na região, pois existem em grandes números.

Seu nome popular Gavião Carrapateiro, foi-lhe conferido por, frequentemente ser observado alimentando-se de carrapatos ou bernes de bovinos ou equinos e até mesmo capivaras. Isto, porém, não se significa que alimenta-se apenas de artrópodes. Diferente da idéia geral que temos de um gavião, esta ave raramente caça a partir do ar. A base de sua alimentação está em insetos, pequenos lagartos, ovos e filhotes de outras aves e carniça, especialmente de animais atropelados em estradas.




   O Gavião Caracará é uma ave que já se encontra em extinção, porém facilmente vista Serra da Canastra e por toda sua região, principalmente na RPPN. 
    O Gavião Carcará é uma ave altiva, imponente e forte, conhecida por sua excepcional visão e coragem, longo raio de ação e controle do território onde habita. O comprimento varia de 50 a 60 cm, e sua envergadura chega a 123 cm. A penagem é alvinegra, apresentando manchas mais claras nas pontas das asas, e tem a face nua, amarela ou vermelha. Possui um penacho nucal, que confere à sua cabeça uma forma característica. Suas pernas são grandes e fortes. Quando jovens são pardos, com peito estriado, face violácea ou amarelo-clara e pernas amareladas ou esbranquiçadas. Observando sua cabeça, logo se pode notar ser um carcará pelo formato inconfundível.
      Este gavião é conhecido também por caracará aqui na região da Serra da Canastra, onde ele ainda existe em abundância. Sua alimentação é composta de insetos, ovos de outras aves, aranhas, minhocas, cobras e outros invertebrados, além de alguns vertebrados, muitas vezes já mortos e até em início de decomposição. Costuma matar suas presas com bicadas na nuca. Come também frutas e grãos que encontra no chão. É dotado de poderoso sistema digestivo e o que não consegue digerir é regurgitado

  Por isso a importância da preservação do meio ambiente, somente atrávés dela e que garatiremos um habit pra que estas belíssimas aves possam continuar existido.