terça-feira, 27 de julho de 2010

Fotografias de flores e frutos do cerrado.

 









segunda-feira, 26 de julho de 2010

Quaresmeira Roxa do Cerrado - Minas Gerais




Tibouchina candolleana (DC.) Cogn., Melastomataceae



Árvore nativa do cerrado de médio porte, 4 a 7 metros, com ocorrência nos estados da Bahia, DF, Goiás, Minas Gerais, nos ecossistemas de cerrado, mata seca, mata ciliar e em áreas inundáveis periodicamente. Pode ser chamada Quaresmeira do cerrado ou Quaresmeira da serra, diferenciando-se da Quaresmeira, rosa ou roxa, a Tibouchina granulosa, muito utilizada na arborização urbana.

Possui copa arredondada, tronco ramificado, folhas com textura coriácea, pêlos em ambas as faces e três nervuras paralelas. A floração vai de Junho a Outubro de coloração mais rósea que arroxeada e cobrem toda a copa; na foto associada e recoberta pelo cipó denominado Timbó, também em flor. O fruto é uma cápsula com minúsculas sementes.

É considerada uma espécie pioneira, e forma populações nos habitats naturais bastante visíveis nas épocas de floração. Tem características muito ornamentais, e poderia ser utilizada para reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, e tratamentos de bordas de unidades de conservação. Em área estudada no Distrito Federal, no artigo citado abaixo a espécie não apresentou regeneração espontânea ou seja o seu cultivo pode ser bastante útil devido aos motivos acima citados.


Fonte: http://arboretto.blogspot.com/2007/09/tibouchina-candolleana.html

fotos: Manoel Cláudio da Silva Júnior. flora do Cerrado

Artigos sobre regeneração espontânea: Dinâmica da estrutura fitossociológica da regeneração natural em sub-bosque de Mimosa scabrella Bentham em área minerada, em Poços de Caldas, MG

Fitossociologia da regeneração arbórea na Mata de Galeria do Pitoco (IBGE-DF), seis anos após fogo acidental.


Por Cecília Meireles

No mistério do Sem-Fim,

equilibra-se um planeta,

E, no planeta, um jardim,

e, no jardim, um canteiro;

no canteiro, uma violeta,

e, sobre ela, o dia inteiro,

entre o planeta e o Sem-Fim,

a asa de uma borboleta.

sábado, 22 de maio de 2010

O Velho Chico "Rio São Francisco"

A nascente do rio São Francisco fica localizada na Serra da Canastra, bem próximo a "RPPN Nascentes do Rio São Francisco" e é em homenagem a esse importantissimo rio que nomeamos a RPPN.



Um rio que une climas e regiões diferentes



Rio da integração nacional, o São Francisco, descoberto em 1502, tem esse título por ser o caminho de ligação do Sudeste e do Centro-Oeste com o Nordeste. Desde as suas nascentes, na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até sua foz, na divisa de Sergipe e Alagoas, ele percorre 2.700 km. Ao longo desse percurso, que banha cinco Estados, o rio se divide em quatro trechos: o Alto São Francisco, que vai de suas cabeceiras até Pirapora, em Minas Gerais; o Médio, de Pirapora, onde começa o trecho navegável, até Remanso, na Bahia; o Submédio, de Remanso até Paulo Afonso, também na Bahia; e o Baixo, de Paulo Afonso até a foz.

O rio São Francisco recebe água de 168 afluentes, dos quais 99 são perenes, 90 estão na sua margem direita e 78 na esquerda. A produção de água de sua Bacia concentra-se nos cerrados do Brasil Central e em Minas Gerais e a grande variação do porte dos seus afluentes é consequência das diferenças climáticas entre as regiões drenadas. O Velho Chico – como carinhosamente o rio também é chamado – banha os Estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Sua Bacia hidrográafica também envolve parte do Estado de Goiás e o Distrito Federal.

Os índices pluviais da Bacia do São Francisco variam entre sua nascente e sua foz. A poluviometria média vai de 1.900 milímetros na área da Serra da Canastra a 350 milímetros no semi-árido nordestino. Por sua vez, os índices relativos à evaporação mudam inversamente e crescem de acordo com a distância das nascentes: vão de 500 milímetros anuais, na cabeceira, a 2.200 milímetros anuais em Petrolina (PE).

Embora o maior volume de água do rio seja ofertado pelos cerrados do Brasil Central e pelo Estado de Minas Gerais, é a represa de Sobradinho que garante a regularidade de vazão do São Francisco, mesmo durante a estação seca, de maio a outubro. Essa barragem, que é citada como o pulmão do rio, foi planejada para garantir o fluxo de água regular e contínuo à geração de energia elétrica da cascata de usinas operadas pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) – Paulo Afonso, Itaparica, Moxotó, Xingó e Sobradinho. É é assim que ela opera.

Depois de movimentarem os gigantescos geradores daquelas cinco hidrelétricas, as águas do São Francisco correm para o mar. Atualmente, 95% do volume médio liberado pela barragem de Sobradinho – 1.850 metros cúbicos por segundo – são despejados na foz e apenas 5% são consumidos no Vale. Nos anos chuvosos, a vazão de Sobradinho chega a ultrapassar 15 mil metros cúbicos por segundo, e todo esse excedente também vai para o mar.

A irrigação no Vale do São Francisco, especialmente no semi-árido, é uma atividade social e econômica dinâmica, geradora de emprego e renda na região e de divisas para o País – suas frutas são exportadas para os EUA e Europa. A área irrigada poderá ser expandida para até 800 mil hectares, nos próximos anos, o que será possível pela participação crescente da iniciativa privada.

O Programa de Revitalização do São Francisco, cujas ações já se iniciaram, contempla, no curto prazo, a melhoria da navegação no rio, providência que permitirá a otimização do transporte de grãos (soja, algodão e milho, essencialmente) do Oeste da Bahia para o porto de Juazeiro (BA) e daí, por ferrovia, para os principais portos nordestinos.

Números do Rio:
Extensão: 2.700 quilômetros – desde a Serra da Canastra, no município mineiro de São Roque de Minas, onde nasce, até a sua foz, entre os estados de Sergipe e Alagoas.

Área da Bacia: 634 mil km2

Está dividido em quatro trechos:

- Alto São Francisco – das nascentes até a cidade de Pirapora (MG), com 100.076 km2, ou 16% da área da Bacia, e 702 km de extensão. Sua população é de 6,247 milhões de habitantes

- Médio São Francisco – de Pirapora (MG) até Remanso (BA) com 402.531 km2, ou 53% da área da Bacia, e 1.230 km de extensão. Sua população é de 3,232 milhões de habitantes

- Submédio São Francisco – de Remanso (BA) até Paulo Afonso (BA), com 110.446 km2, ou 17% da área da Bacia, e 440 km de extensão. Sua população é de 1,944 miulhões de habitantes

- Baixo São Francisco – de Paulo Afonso (BA) até a foz, entre Sergipe e Alagoas, com 25.523 km2, ou 4% da área da Bacia, e 214 km de extensão. Sua população é de 1,373 milhões de habitanbtes

O Rio S. Francisco banha 5 estados: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, mas sua Bacia alcança também Goiás e o Distrito Federal

A Bacia do rio abrange 504 de municípios, ou 9% do total de municípios do país. Desse total, 48,2% estão na Bahia, 36,8% em Minas Gerais, 10,9% em Pernambuco, 2,2% em Alagoas, 1,2% em Sergipe, 0,5% em Goiás e 0,2% no Distrito Federal

Cerca de 13 milhões de pessoas (Censo de 2000) habitam a área da Bacia do São Francisco

Consumo atual de água da Bacia do rio São Francisco: 91 m³/s

Vazão firme na foz (garantia de 100%): 1.850 m³/s

Vazão média na foz: 2.700 m3/s

Vazão disponibilizada para consumos variados: 360 m³/s

Vazão mínima fixada após Sobradinho: 1.300 m³/s
Vazão firme para a integração das bacias: 26 m³/s (1,4% de 1.850 m³/s)


Fonte: http://www.integracao.gov.br/saofrancisco/rio/index.asp





Árvores brasileiras riqueza incomparável


Em termos de árvores, o Brasil é o país mais diversificado do mundo. Para fazermos o levantamento de todas as espécies, temos de levar em conta as principais formações naturais, chamados biomas.
São eles: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica (Floresta Atlântica e Araucária), Amazônia (Floresta Amazônica), Costeiros (Restingas e Mangues), Pantanal, Campos Sulinos. Há também regiões de Transição de Biomas.

O bioma predominante na “RPPN Nascentes do Rio São Francisco” é o Cerrado com campos nativos, matas de galeria/ matas ciliares e uma diversificada vegetação onde é possível encontrar árvores como Pau d’óleo, Casaca, Pequi, Gabiroba.

Com a enorme variedade de árvores brasileiras, é difícil mencionar todas aqui. Trabalhos sérios e de longo prazo são desenvolvidos por muitos pesquisadores. É o caso do Instituto Plantarum, que sob coordenação de Harri Lorenzi, desenvolveu um trabalho de pesquisa sobre as árvores nativas brasileiras. O resultado desse trabalho, desenvolvido ao longo de 12 anos, está publicado nos livros "Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil", volumes I e II. São exemplares riquíssimos, com centenas de árvores catalogadas, contendo fotos e informações precisas sobre cada uma delas.

Essa é uma sugestão para quem queira conhecer melhor as árvores desse nosso Brasil, além de ser uma verdadeira "relíquia", pois muitas delas estão em extinção.
O plantio de árvores nativas de cada região é uma forma de atingirmos o objetivo desta ação de uma forma abrangente, pois estaremos contribuindo para a preservação das espécies de nossa flora e obviamente com a vida planetária.

A RPPN Nascentes do Rio São Francisco está fazendo sua parte, preservando e incrementando sua reserva com o plantio de diversas árvores nativas para recompor áreas degradadas, para isso iniciamos com um pequeno e modesto viveiro onde se produz diversas mudas, as quais são coletas de semente retiradas da própria reserva para serem cultivadas no viveiro e depois de mudas saudáveis serem inseridas novamente na reserva.

Como planta a mãe-natureza.

Uma nova floresta pode surgir espontaneamente em um local abandonado, sem nenhuma vegetação? A resposta é sim, desde que haja uma ou mais florestas por perto como fonte natural de sementes. Esse processo chama-se “sucessão secundária” e pode levar de 30 a 60 anos para se formar. No caso de não haverem florestas-vizinhas, demorará muito mais.

1) Nos primeiros dois ou três anos da vida de uma futura floresta, desenvolvem-se em sua área apenas as plantas colonizadoras em geral, herbáceas de pequeno porte e ciclo anual (chamadas plantas daninhas) que são uma espécie de “pêlo” que protege a terra. Logo em seguida surgem as plantas herbáceas perenes que já preparam o terreno para as espécies arbustivas;

2) Depois de quatro a seis anos, surge a vegetação de capoeira, típica da fase jovem ou inicial de uma mata. Aí entram as primeiras espécies de árvores pioneiras que são arbustos e algumas árvores de crescimento rápido e vigoroso;

3) Numa fase intermediária da mata aparecem as “secundárias”, árvores de bom crescimento com vida mais longa, formando as matas secundárias.

4) Só após o sombreamento da área é que surgirão as espécies de árvores  que crescem na floresta já madura. São árvores altas e frondosas, de crescimento lento, vida longa e madeira mais nobre.

Eventualmente podem ser encontradas plantas pioneiras e secundárias nas florestas. Elas estão lá para deixarem suas sementes no solo prontas para germinarem toda vez que houver um distúrbio nesse ambiente estável como incêndios, derrubadas de árvores, vendavais, etc. Que sabedoria!

Recomposição natural, uma mata densa em apenas 10 ou 15 anos

Quando árvores nativas são plantadas com o intuito de recompor uma área, acelera-se o processo de sucessão natural reduzindo o tempo necessário para a formação de uma mata densa. Espécies pioneiras, secundárias podem e devem ser plantadas todas juntas tomando-se apenas o cuidado de colocar as espécies clímax perto de duas ou mais pioneiras e secundárias pois elas crescerão rapidamente proporcionando a sombra necessária às de clímax.

O Cerrado um dos grandes biomas brasileiros


A região dos cerrados ocupa 25% da superfície do Brasil. Sua vegetação apresenta arbustos e árvores com galhos tortuosos, caule com casca grossa. Apesar de parecer o contrário, não há falta de água no cerrado. O que limita o desenvolvimento vegetal é o solo, arenoso e com alta taxa de alumínio.

Árvores do Bioma Cerrado

É constituído pelo conjunto de formações vegetais de aspectos e fisionomia variáveis, principalmente de árvores baixas e retorcidas que se misturam a um exuberante estrato herbáceo rasteiro, apresentando entre sua flora: Arnica; Aroeira-vermelha; Benjoeiro; Buriti; Candeia; Canela-de-ema; Capitão; Capororoca; Caroba-de-flor-verde; Craibeira; Dedaleiro; Embiruçu; Fruta-de-ema; Guatambu; Imbiru; Ipê-branco-do-brejo; Lixeira; Louro-pardo; Marmeleiro-do-campo; ;Pêssego-do-mato; Pimenta-de-macaco; Piqui e Tingui.

Não basta plantar, é preciso cuidar...

Acompanhe a muda que você plantou por, pelo menos, dois anos! Verifique a necessidade de água, a saúde da planta, controle algum ataque de insetos, adube... A muda é como uma criança que necessita de apoio até que possa se desenvolver sozinha.

È importante sabermos um pouco sobre acontecimentos como; aquecimento Global, efeito estufa e outros para entendermos melhor a necessidade de preservação e o quanto é significativo e necessário o plantio de novas árvores.

Aquecimento Global

O aquecimento global é o aumento da temperatura terrestre em índices indesejáveis para o equilíbrio e saúde em escala global, ou seja, não só em uma zona específica, mas em todo o planeta. Ele afeta toda a forma de vida, nosso presente e o nosso futuro na Terra.

As conseqüências:

• aumento da intensidade dos furacões, surgimento de tornados;
• derretimento das geleiras;
• aumento do nível dos oceanos;

• inundações: previsão de 170 milhões de desabrigados;

• extinção de espécies: talvez metade das espécies do planeta sejam extintas;

• colapso da Amazônia ou savanização da floresta;

• mais secas: rios perenes devem desaparecer;

• falta de água: em 20 anos, 60% da população mundial sofrerá algum tipo de carência de água;

• mais chuvas pesadas, mais ventos, mais destruição;

• clima irregular, impossível prever estiagem;

• queda de 25% na produção agrícola, quebra das safras, redução na produção de leite e ovo;

• falta de alimentos, fome, previsão de um acréscimo de 200 a 600 milhões de pessoas famintas em todo o mundo.

Efeito estufa

O efeito estufa é o aquecimento da Terra, a elevação da temperatura terrestre em virtude da presença de certos gases na atmosfera. Esses gases (dióxido de carbono – CO2, CFC’s – por exemplo) permitem que a luz solar atinja a superfície terrestre, mas bloqueia e envia de volta parte da radiação infravermelha (calor) irradiada pela Terra.

Pesquisadores afirmam que o efeito estufa acontece em função do uso indiscriminado de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, carvão e outros) que formam uma camada de poluentes na atmosfera, de grande acúmulo e difícil dispersão. Outros fatores de desequilíbrio também contribuem para isso, como o desmatamento, as queimadas de matas e florestas.

Algumas atitudes já foram tomadas por órgãos e grupos políticos, porém se faz necessário a conscientização por parte de cada ser humano, pois com pequenos gestos podemos ajudar o mundo, pequenas e significativas atitudes como a criação de datas do dia da árvore ou dia da terra é até mesmo a criação de uma RPPN como está, são importantíssimas para a preservação de nossas matas e a sustentabilidade das gerações futuras.

Faça sua parte...

Fonte: www.ummilhaodearvores.org.br

 






quinta-feira, 18 de março de 2010

FLORA NA SERRA DA CANATRA



A Serra da Canastra apresenta uma rica e diverificada flora, que inclui campos, campos rupestres e florestas. O cerrado brasileiro é caracterizado por árvores de pequeno e médio porte, de cascas grossas e galhos retorcidos, bem adaptadas ao solo pobre e resistentes à seca e ao fogo.
São mais de 6 mil espécies vegetais na Serra da Canastra, porém, o cerrado ocupa uma parte inferior à dos campos e campos rupestres (ou de altitude, localizados em áreas com altitude superior a 900 metros).
Nesses campos, a ausência de vegetação de grande porte e os contrastes do relevo formam imensas vistas panorâmicas, onde a paisagem exibe, no detalhe, imensos canteiros de flores. Nas áreas mais baixas e úmidas, formam-se os capões (matas) de formas arredondadas, com exuberante vegetação atlântica.

Todo o chapadão da serra onde está o Parque Nacional alterna essas áreas de campos e campos rupestres, com variações intermediárias que os especialistas chamam de campo cerrado, campo sujo e campo limpo. Além disso, há pequenos trechos de floresta e cerrado típico. Em toda essa área, um grupo de especialistas da Universidade Federal de Uberlândia já conseguiu identificar 540 espécies de plantas em apenas 4 anos de pesquisas.
  
Abaixo podemos apreciar algumas espécies que a natureza presenteou a Canastra.


SEMPRE VIVAS DA CANASTRA

LÍRIOS DA CANASTRA

CANELA DE EMA DA CANASTRA

BROMÉLIAS DA CANASTRA



FLORES DO CERRADO NA CANASTRA




Está é uma pequena amostra da flora da Canastra!!!

CACHOEIRA CASCA D'ANTA

CACHOEIRA CASCA D'ANTA

A Cachoeira Casca d'Anta é a maior queda do rio São Francisco e se forma quando o Rio da Integração Nacional deixa o seu "berço" na serra da Canastra, em Minas Gerais.
Localizada em São José do Barreiro (MG), distrito que fica a 38 quilômetros de São Roque de Minas, é formada por 186 metros de queda d'água e está emoldurada em uma parede de rocha de cerda de 340 metros de altura.

A maior atração da Canastra pode ser visitada pelo alto da serra ou por baixo, em ambos os casos com acesso relativamente fácil por estradas de terra. Na parte alta, a 38 km de São Roque de Minas, há o cânion que o rio São Francisco forma para descer a serra, 14 km após a nascente. Tem uma incrível seqüência de cachoeiras e piscinas naturais, algumas inacessíveis. Há um mirante de onde é possível avistar parte da queda principal, a imensa piscina formada embaixo e o curso do rio até a primeira curva rumo ao Nordeste. O desnível superior a 300 metros proporciona uma das mais lindas vistas panorâmicas da região. O local está todo sinalizado pelo Ibama e é fácil pegar a trilha de 3 km para ir até a parte de baixo. São cerca de 4 horas de caminhada, em média, para ir e voltar. Para iniciar a caminhada, assim como contemplar parte do cânion e chegar ao mirante, é preciso atravessar um córrego que pode ficar perigoso em dias de chuva.
Para chegar de carro à parte de baixo, o visitante deve seguir de São Roque de Minas até a portaria 4 do Parque Nacional, passando pela cidade de Vargem Bonita e pelo povoado de São José do Barreiro (distrito de São Roque de Minas), num percurso total de 40 km. Para ter a aproximação máxima da cachoeira, é preciso deixar o carro no estacionamento e caminhar cerca de 15 minutos por uma trilha no meio da mata ciliar. Preferia fazer a visita, tanto na parte baixa quanto na alta, o mais cedo possível. Em feriados, os dois lugares ficam superlotados depois das 10h00.

A Cachoeira Casca D’Anta tem queda livre de 186 metros. O nome vem da árvore Casca D’Anta (Drimys winteri) que, por sua vez, foi assim batizada porque que tem propriedades medicinais, cicatrizantes. Segundo os pesquisadores, a anta se esfrega no tronco da árvore para curar ferimentos superficiais.


Fogo na Canastra



Fogo na Canastra


Em busca de informações sobre queimadas na serra da Canastra encontramos está excelente reportagem de auditoria da ONG VIATRIP'S, gostariamos de aproveitar o momento e parabeniza-los pelas grandes atitudes na Canastra.

Com a chegada da época da seca no cerrado, o fogo passa a ser um elemento presente na paisagem, trazendo ao mesmo tempo destruição e beleza. As Serras da Canastra e da Babilônia estão inseridas no bioma brasileiro Cerrado, e em razão disso, seguem as características aplicadas a esse bioma, que é o segundo maior do Brasil em área com aproximadamente 2.000.000 km2. Todos os anos a TV e os jornais noticiam que várias regiões do país sofrem com queimadas nas épocas secas do ano. Se prestarmos atenção, várias dessas áreas estão inseridas no bioma cerrado como a Serra da Canastra.
Já nas áreas de cerrado, a situação é muito peculiar. Devido às características de sua vegetação aberta nos campos, composta principalmente por gramíneas e árvores de pequeno porte e adaptadas à ação do fogo, os prejuízos são menores, mas não deixam de existir. Animais e plantas também morrem, o solo sofre um desgaste e torna-se cada vez mais empobrecido, há lançamento de enormes quantidades de CO2 na atmosfera, mas a facilidade de regeneração do ambiente é algo impressionante. O cerrado apresenta também algumas formações compostas por árvores de grande porte, concentradas em matas ciliares, matas de galeria e em pequenos capões, que se forem atingidos pelo fogo podem sofrer grandes prejuízos à sua biodiversidade.
Dentro da dinâmica do cerrado, o elemento fogo se apresenta como um modificador da paisagem, sendo causado pelo homem ou pela natureza. O homem utiliza o fogo no cerrado principalmente para renovar pastos e abrir áreas para o plantio (vide expansão das fronteiras agrícolas causadas pelo plantio de soja em áreas do Mato Grosso por exemplo). Essa prática deve ser feita sob autorização e fiscalização dos órgãos ambientais para que sejam realizadas nas épocas certas e se tomando as medidas de prevenção necessárias. Pela natureza, o fogo é causado basicamente por raios que caem sobre a vegetação seca, como já presenciamos aqui na Serra da Canastra. Mesmo em dias secos, podem ocorrer descargas elétricas que ao atingirem o solo seco provocam queimadas que, facilitadas pelo vento e pelo relevo acidentado, se espalham com facilidade podendo atingir grandes proporções.
Após a rebrota do capim, os campos se enchem de flores das mais variadas espécies, tamanhos e cores. A impressão é a de se caminhar sobre um infinito jardim. Tudo isso ocorre em um período de aproximadamente um mês após a passagem do fogo, e essa recuperação surpreendente da natureza mostra que o cerrado, apesar de parecer uma vegetação pobre, de aspecto "duro", é muito delicado ao apresentar a beleza de suas cores após a passagem do fogo.
Ainda há muita discussão sobre os efeitos do fogo sobre os campos do cerrado: seria ele um elemento benéfico por trazer renovação ou seria maléfico por degradar o solo? Essa discussão não parece ter um fim próximo e aquece os ânimos de ambientalistas e de produtores rurais. Mas em uma coisa todos concordam: o fogo ao atingir áreas de matas é extremamente prejudicial pois reduz a cobertura vegetal comprometendo a proteção das nascentes de água. Portanto, muito cuidado com cigarros acesos e não acenda fogueiras em áreas de campo aberto, principalmente nas épocas mais secas do ano. O fogo causado por uma brasa de cigarro acesa em um campo pode atingir áreas de matas, comprometendo de forma definitiva sua integridade, afetando a proteção de nascentes e dificultando sua expansão.







sexta-feira, 12 de março de 2010

Aves do Cerrado, grandes surpresas e riquesas da natureza...

Filhotes de beija flor...

  Certa tarde caminhando pelas trilhas da RPPN, fomos surpreendidos por este belo ninho de beija flores com dois pequeninos filhotes..
   Os beija-flores são aves de pequeno porte, que medem em média 6 a 12 cm de comprimento e pesam 2 a 6 gramas. O bico é normalmente longo, mas o formato preciso varia bastante com a espécie e está adaptado ao formato da flor que constitui a base da alimentação de cada tipo de beija-flor. Uma característica comum é a língua bifurcada e extensível, usada para extrair o néctar das flores.
  O esqueleto e constituição muscular dos beija-flores estão adaptados de forma a permitir um vôo rápido e extremamente ágil. São as únicas aves capazes de voar em marcha-ré e de permanecer imóveis no ar. O batimento das asas é muito rápido e as espécies menores podem bater as asas 70 a 80 vezes por segundo. Em contraste, as patas dos beija-flores são pequenas demais para a ave caminhar sobre o solo. As fêmeas são em geral maiores que os machos, mas apresentam coloração menos intensa.Vivem em média 12 anos e seu tempo de incubação é de 13 a 15 dias.


         
           Outra grande surpresa foi encontrar o ninho destes dois pequenos filhote de espécie não indentificada, os quais aguardavam famitos a chegada do alimento que era buscado pela mãe.






Os falcões e gaviões são aves fáceis de serem vistas na região, pois existem em grandes números.

Seu nome popular Gavião Carrapateiro, foi-lhe conferido por, frequentemente ser observado alimentando-se de carrapatos ou bernes de bovinos ou equinos e até mesmo capivaras. Isto, porém, não se significa que alimenta-se apenas de artrópodes. Diferente da idéia geral que temos de um gavião, esta ave raramente caça a partir do ar. A base de sua alimentação está em insetos, pequenos lagartos, ovos e filhotes de outras aves e carniça, especialmente de animais atropelados em estradas.




   O Gavião Caracará é uma ave que já se encontra em extinção, porém facilmente vista Serra da Canastra e por toda sua região, principalmente na RPPN. 
    O Gavião Carcará é uma ave altiva, imponente e forte, conhecida por sua excepcional visão e coragem, longo raio de ação e controle do território onde habita. O comprimento varia de 50 a 60 cm, e sua envergadura chega a 123 cm. A penagem é alvinegra, apresentando manchas mais claras nas pontas das asas, e tem a face nua, amarela ou vermelha. Possui um penacho nucal, que confere à sua cabeça uma forma característica. Suas pernas são grandes e fortes. Quando jovens são pardos, com peito estriado, face violácea ou amarelo-clara e pernas amareladas ou esbranquiçadas. Observando sua cabeça, logo se pode notar ser um carcará pelo formato inconfundível.
      Este gavião é conhecido também por caracará aqui na região da Serra da Canastra, onde ele ainda existe em abundância. Sua alimentação é composta de insetos, ovos de outras aves, aranhas, minhocas, cobras e outros invertebrados, além de alguns vertebrados, muitas vezes já mortos e até em início de decomposição. Costuma matar suas presas com bicadas na nuca. Come também frutas e grãos que encontra no chão. É dotado de poderoso sistema digestivo e o que não consegue digerir é regurgitado

  Por isso a importância da preservação do meio ambiente, somente atrávés dela e que garatiremos um habit pra que estas belíssimas aves possam continuar existido.